domingo, 1 de junho de 2014

Circular 2004 - Irmandade

CIRCULAR
À IRMANDADE EM GERAL

Deus seja louvado.

Através desta circular os anciães se dirigem à cara irmandade, e em particu-lar aos novos na fé batizados nos últimos anos, para fazer lembrados alguns prin-cípios, procedimentos e tradições que a Congregação mantém desde quando o Senhor iniciou esta dispensação da graça em nossa nação.
Queremos, com essas palavras, fazer referência ao excessivo rumor e às ma-nifestações desnecessárias e exageradas que vêm sendo observadas em diversas de nossas igrejas.
Rogamos à querida irmandade que nos atenda e que cada um se esforce por manter maior silêncio antes e durante os cultos, não somente por causa do bom testemunho aos de fora, como também para evitarmos o fechamento de alguma de nossas casas de oração, pois sabemos, com comprovação, que algum local e-vangélico de cultos foi, pelas autoridades municipais, fechado, em atenção à re-clamação da vizinhança sobre o excessivo rumor e manifestações em voz muito alta.
Amados irmãos, desejamos lembrá-los que a Congregação sempre gozou de um excelente conceito diante do nosso governo e, por isso, todos nós devemos cooperar para que este bom cheiro e esta boa reputação não caia por terra diante da nossa nação e de seus governantes.
A nossa exortação tem fundamento nas Escrituras Sagradas. Paulo, o apósto-lo, ensinava aos Coríntios qual a ordem que devia haver nos cultos, dizendo que se
alguém falasse língua estranha, que isso fosse feito por duas ou quando mui-to por três pessoas e por sua vez e que deveria haver um intérprete e que, caso não houvesse quem interpretasse, a pessoa deveria estar calada na igreja e falar só no seu coração, entre si e Deus. Quando diz "calado na igreja" mostra que cada um deve manter-se em silêncio, aguardando a obra do Espírito Santo.
Também ensinava na epístola que, falando todos de uma só vez, entrando alguma visita estranha à nossa fé, esta se escandalizaria por causa da desordem.
O ensinamento que desde o princípio tivemos é que os que vêm à igreja fa-çam sua oração particular em silêncio; ao se levantarem leiam as Escrituras Sa-gradas ou mantenham-se quietos até o início do culto; se alguém der glória a Deus que o faça com voz baixa e de vez em quando, não constantemente sem pa-rar na igreja, como fazem alguns que, com isso, perturbam quem quer silêncio para ler a Bíblia, para orar ou para estar quieto, em comunhão.

Ao nos ajoelharmos juntos para orar, haja uma glorificação a Deus em voz baixa e todos por igual. Iniciando alguém a oração a irmandade deve silenciar para ouvir e, após, dizer Amém, entendendo o que ouviu. Não se pode impedir que a irmandade, em certos trechos da oração, dê glória, mas deve logo calar-se para continuar ouvindo e deixar os demais ouvirem.
Também no momento em que os irmãos do ministério esperam pela Palavra a irmandade deve guardar silêncio; muitos irmãos, em sua boa vontade e pensan-do ajudar, começam nessa hora a falar em voz alta, pedindo ao Senhor que dê força a Seu servo para levantar, passando a haver um rumor na igreja que, ao in-vés de ajudar, perturba e tira a comunhão que o ministério necessita nesse mo-mento. Mas a irmandade ajudará se clamar a Deus em pensamento, no coração, mantendo silêncio. O Senhor nos ouve sem que abramos a nossa boca.
Quem deve impelir algum servo de Deus a pregar a Palavra é o Espírito San-to no homem interior, no coração, e não a irmandade. As vozes de fora podem produzir confusão e incerteza e induzir a erro algum servo de Deus. É necessário que a irmandade se compenetre disto.
Sobre o procedimento e a maneira com que cada um deve vir e estar na igre-ja os vossos anciães e cooperadores vos orientarão, pois eles são conhecedores dos marcos antigos da nossa fé e doutrina e das nossas santas tradições, como sabem
também o que çonvém para o bom testemunho da obra de Deus.
Lembramos também que foi pela ordem, luz e sabedoria divina notadas em nossos cultos que muitas almas se converteram à nossa fé e foram convencidas pelo Espírito Santo que o Senhor estava presente.
Vossos irmãos em Cristo,
OS ANCIÃES